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Policial e Trânsito

Comerciante é preso suspeito de matar esposa e sogros em Umuarama;

Enquanto a investigação do crime continua, o empresário e marido da filha do casal deve permanecer preso

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A dona de casa Helena Marra dos Santos, o esposo, o comerciante Antonio Soares e a filha do casal, a advogada Jaqueline Soares foram as vítimas do triplo homicídio (foto redes sociais)
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Na noite desta segunda-feira (9), o comerciante Jean Michel de Souza foi preso em flagrante pelo triplo homicídio ocorrido em Umuarama.

Ele é suspeito de assassinar a esposa, a advogada Jaqueline Soares, de 32 anos e os pais dela, o empresário Antonio Soares de Souza, de 65 anos e a dona de casa Helena Maria Marra dos Santos, de 59 anos. 

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Vestígios de sangue identificados por luminol, pegada de um chinelo marcada a sangue e contradições entre alegações do suspeito e depoimento de testemunhas foram suficientes para a Polícia Civil de Umuarama prender Jean Michel.

O suspeito foi até a Delegacia de Polícia Civil para ser ouvido, ontem à tarde. Ele foi levado por dois investigadores e um delegado à 7ᵃ Subdivisão Policial. Depois de ser ouvido, foi encaminhado à carceragem da Delegacia de Umuarama.

Para o advogado de defesa, Erick Costa, a prisão foi precipitada, pois, faltam de provas. Ele disse que o suspeito esteve na casa das vítimas na tarde de domingo, mas não soube explicar o motivo da visita.

Segundo o delegado-adjunto da 7ª SDP e responsável pelas investigações, Gabriel dos Santos Menezes, a motivação do crime foi passional. De acordo com Menezes desde o início os vestígios deixados no local do crime indicavam que o autor seria alguém com acesso ao imóvel e próximo das vítimas.

Enquanto a investigação do crime continua, o empresário e marido da filha do casal deve permanecer preso.

Sem emoção

“Quando os policiais chegaram até o comércio do suspeito, ele informou que já sabia pela imprensa sobre a morte da esposa e dos sogros e não apresentou qualquer emoção, o que chamou a atenção da polícia”, explicou o delegado Menezes.

O suspeito foi então levado até o local das mortes, e mais uma vez não teria demonstrado qualquer emoção, segundo a Polícia Civil.

Possessividade

Segundo o delegado Gabriel Menezes a motivação do crime foi passional e Jaqueline seria o alvo principal. “O Jean Michel teria uma relação muito possessiva com a esposa”, explicou o delegado. Amigos e conhecidos de Jean Michel o descrevem como um homem educado e amável. A Polícia Civil não descarta que o suspeito tenha algum tipo de sociopatia.

Violência doméstica

Ainda na noite desta segunda-feira (9) o corpo de Jaqueline foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Toledo, para ser submetido a um exame de raio x. Segundo a Polícia Civil o exame complementar era para detectar ferimentos na cabeça da advogada. O IML de Umuarama não dispõe do equipamento.

“Ela apresentava muito mais ferimentos do que os pais e havia marcas de agressões anteriores. O exame foi para apurar exatamente a extensão dos ferimentos”, explicou o delegado-chefe da 7ª SDP Osnildo Carneiro Lemes.

Relação conflituosa

Jean Michel e Jaqueline estavam casados há dois anos e segundo o apurado pela Polícia Civil a relação seria conflituosa e marcada pela violência física. O casal estava morando em residências separadas. Jaqueline com os pais e Jean Michel com a mãe.

Ainda segundo a polícia, a relação entre genro e sogro seria muito delicada, pois Antonio Soares não aceitava a situação vivida pela filha. Mesmo assim, vítimas e autor teriam sociedade em uma loja que comercializa aviamentos e tecidos, no entorno da Praça Miguel Rossafa, no centro de Umuarama.

Os corpos devem ser levados para o interior de Goiás, onde serão sepultados | FOTO: Umuarama Ilustrado

As provas

Segundo o delegado Gabriel Menezes, foram principalmente as provas técnicas que colocaram Jean Michel na cena do crime. No carro do suspeito, um GM Astra prata, os policiais encontraram com o uso de luminol (substância que ilumina o sangue) vestígios de sangue na maçaneta esquerda, volante e câmbio.

Na casa de Jean Michel, foi encontrado mais sangue ao lado do tanque de lavar roupas, localizado na área de serviço e no local do crime, uma pegada do chinelo do suspeito marcada a sangue completou a lista de vestígios organizada pela Polícia Civil, que em menos de 10 horas conseguiu elucidar o triplo homicídio.

Local do crime |FOTO: Umuarama Ilustrado

Contradição

Ainda segundo o delegado, a mãe de Jean Michel, em depoimento, relatou que o filho disse ter ido até a casa das vítimas logo após o almoço e novamente durante a noite. Aos policiais o suspeito teria negado essa segunda visita.

“Como ele deixou o celular na casa de sua mãe, acreditamos que as mortes podem não ter ocorrido no calor de uma discussão”, esclareceu o delegado. A Polícia Civil acredita que Jean Michel não levou o aparelho de propósito.

Segundo o delegado as provas reunidas até o momento são suficientes para a prisão em flagrante de Jean Michel de Souza pelo triplo homicídio. “Acreditamos que o Judiciário deve manter a prisão, mesmo que não haja confissão”, afirmou Gabriel Menezes.

As mortes

Segundo o delegado Gabriel Menezes a suspeita é que as mortes tenham ocorrido no máximo até as 22 horas de domingo (8), Dia dos Pais. “Somente após o laudo do IML teremos condições de saber exatamente a dinâmica de quem morreu primeiro”, explicou o delegado.

Sobre o caso

O casal, Helena Maria Marra dos Santos e Antônio Soares dos Santos foi encontrado morto na cozinha da casa onde viviam, Cada um morreu com um golpe certeiro de faca na região do pescoço, que atingiu artérias. Já a filha, Jaqueline Soares, foi encontrada morta dentro de uma banheira em um dos quartos do imóvel no segundo pavimento. A polícia não descarta a possibilidade dela ter tentado fugir do agressor. Além de uma facada no peito, a advogada também apresentava sérios ferimentos na região do pescoço e outros machucados pelo corpo.

A funcionária da família encontrou os corpos, ontem de manhã, quando chegou para o trabalho. Não havia sinais de arrombamento no imóvel e os carros da família estavam na garagem. Segundo a testemunha, havia muito sangue por toda a casa. Ela ficou em estado de choque ao ver a cena e foi encaminhada para atendimento médico.

As vítimas são naturais de Pires do Rio, no interior de Goiás, onde os corpos serão sepultados. A liberação junto ao IML e traslado para o outro Estado estava sendo intermediado por uma advogada, amiga da família. Além de Jaqueline, o casal Antonio e Helena Soares tem outra filha, que é magistrada em Paranavaí e está na reta final de uma gestação.

Antônio Soares também era um empresário forte em Guaíra, onde era proprietário da Mil Coisas, uma loja voltada para a comercialização de tecidos, linhas e aviamentos, com mais de mil metros quadrados de área construída. Também tinha outras duas lojas, em Naviraí e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul. Por amigos e funcionários era descrito como uma pessoa muito tranquila, pacata e querida.

Há cerca de um ano e meio ele e a esposa se mudaram de Guaíra para Umuarama, para ficar junto a filha Jaqueline. Antonio Soares passava a semana na região da fronteira, cuidando dos negócios e voltava para a Capital da Amizade aos fins de semana, onde a esposa e filha permaneciam.

A Polícia Civil tem 10 dias para concluir as investigações, se o suspeito continuar preso.

FOTO: Umuarama Ilustrado

*com informações de Catve e Umuarama Ilustrado

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