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Esporte

Canoísta de Cascavel, Vagner Souta, representa o Brasil nas Olimpíadas

Atleta é ex-seminarista e serviu o Exército antes de se tornar integrante da seleção brasileira. Estreia nos jogos ocorre pela canoagem velocidade na noite deste domingo (1º)

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|Foto: Jonne Roriz/COB|
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O cascavelense Vagner Souta representará o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, a partir das 22h37 de domingo (1º), pelo horário de Brasília, na canoagem velocidade.

Os últimos treinos antes dos jogos ocorreram nas águas do Rio Minho, em Tui, na Espanha.

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“A empolgação está muito grande, você quase não consegue dormir, mas tem que descansar para treinar”, contou.

Essa será a segunda olimpíada do atleta. A primeira foi no Rio de Janeiro, em 2016. À época, ele competiu no K4.

Dessa vez, tudo depende dele, pois se classificou para o individual. Essa foi a prova que deu a ele uma medalha de bronze no Pan-Americano de 2019 em Lima, no Peru.

O Brasil também conta com os canoístas Isaquias Queiroz e Jacky Godmann nas Olimpíadas. Eles que vão competir juntos o C2 1000 metros, também na noite deste domingo.

A pandemia deixou a Olimpíada do Japão ainda mais desafiadora, segundo Souta.

“Vai ser um pouco mais difícil porque não fui em nenhum campeonato internacional. Eu tenho o parâmetro dos atletas que eu vou competir só nos treinos, agora eu tenho o espanhol aqui, treina comigo. Tenho ele como espelho, ele é meu parâmetro. A pandemia estragou muita coisa, nós não tivemos nenhuma competição no ano passado, eu não participei de nada”, contou.

Entretanto, isso não abala a fé do ex-seminarista. Ele está preparado e confiante.

“Eu faço minha oração antes da prova, tenho o meu versinho, eu pronuncio. Aumenta minha fé e sei que não estou sozinho nessa caminhada.”

Vagner pensou em ser padre, passou pelo Exército Brasileiro, mas foi no caiaque que se descobriu em 2009.

Ele largou os remos algumas vezes para trabalhar. Até que em 2013 conseguiu emprego na Federação Brasileira de Canoagem e conseguiu manter os treinos. Em pouco tempo entrou para seleção brasileira.

Em 2015, ele voltou dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, com duas medalhas: prata no K4 e bronze no K2.

Sem competições no ano passado e com o pré-olímpico cancelado este ano, foi o resultado de 2019 em Lima que garantiu a vaga para as Olimpíadas deste ano.

Desde setembro de 2020, Vagner treina na Espanha, longe da terra natal, da família e da noiva.

“Dá muita saudade. Eu treino no rio que faz a divisa de Portugal. O pessoal vem pra cá, treina aqui e vai para casa. Eu não, tenho 7 mil quilômetros para ir pra casa”, contou.

Nas olimpíadas do Rio, a irmã e a noiva do Vagner acompanharam de perto a competição, mas dessa vez não vai dar por causa distância e também pela restrição da pandemia.

“Um dos grandes méritos é você ir para os jogos, outro é entrar na final. Se entrar na final aí não tem favorito. Na final, ou vai ou racha.”

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