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‘Me jogaram de cima da ponte no rio’, diz motorista de app que fingiu estar morta após ser espancada por ladrões em MT

Mulher de 40 anos não sabe nadar e ficou boiando na água até ladrões irem embora. Quatro adolescentes foram apreendidos e confessaram o crime à polícia.

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Marcia Angola é a motorista de app que fingiu estar morta após ser espancada por ladrões em Tangará da Serra — Foto: Facebook
Djenifer Becker Osteopata

A motorista de transporte por aplicativo que foi espancada por assaltantes durante uma corrida no sábado (24), em Tangará da Serra (MT), chegou a ser jogada de cima da ponte no Rio Sepotuba pelos criminosos. Quatro adolescentes foram apreendidos e confessaram o crime.

Marcia Angola, de 40 anos, fingiu estar morta duas vezes para tentar salvar sua vida: enquanto era agredida dentro do carro pelos ladrões e quando emergiu da água após ser jogada no rio.

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A vítima foi brutalmente agredida por quatro homens que se passaram por clientes.

Em entrevista ao G1, a motorista contou que esteve consciente o tempo todo, mesmo quando era espancada pelos ladrões.

“Eles me chamaram por aplicativo e paramos em uma esquina onde disseram que buscariam uma pessoa. Mas essa pessoa não existe e anunciaram o assalto”, relatou a motorista.

Motorista de transporte por aplicativo foi espancada por assaltantes — Foto: Divulgação
Motorista de transporte por aplicativo foi espancada por assaltantes — Foto: Divulgação

Marcia foi jogada no banco traseiro do veículo e ameaçada pelos ladrões. Eles queriam o carro dela e dinheiro, mas a motorista só tinha o dinheiro que estava no veículo.

A motorista teve o rosto vendado enquanto os assaltantes dirigiam em alta velocidade.

“Em determinado momento eu puxei a venda e acho que foi isso que os irritou. Começaram a me bater, me deram murros e diziam que iam me enforcar e matar. A saída que eu tive era me fingir de morta”, contou ao G1.

Ponte do Rio Sepotuba, em Tangará da Serra — Foto: TV Centro América
Ponte do Rio Sepotuba, em Tangará da Serra — Foto: TV Centro América

Marcia não conseguiu esconder que estava com falta de ar e respirou fundo.

“Ele viu que eu estava viva e os outros disseram: ‘vamos matar, aperta o pescoço dela’. Em momento nenhum disseram o motivo [das agressões]. Em certo momento riram da minha cara inchada e machucada”, disse.

O veículo da vítima foi localizado pelos policiais militares em Tangará da Serra — Foto: Divulgação
O veículo da vítima foi localizado pelos policiais militares em Tangará da Serra — Foto: Divulgação

O carro parou em cima da ponte do Rio Sepotuba, onde ela foi novamente agredida.

“Eles estavam com medo de alguém aparecer e me puxaram pelas mãos e pelos pés. Me jogaram de cima da ponte”, lembrou.

Marcia não sabe nadar e teve medo de morrer.

“Quando eu caí, só lembro que pedi a Deus para que eu caísse na água, porque se caísse na terra eu tinha morrido. Eu afundei quando voltei a superfície eu vi que eles estavam olhando. Eu continuei quieta e afundei de novo, deixei a água me levar rio abaixo, fui tentando me equilibrar, meio que boiando pois não sabia nadar e não podia ir para o fundo”, finalizou.

Depois que percebeu que os ladrões tinham ido embora, ela conseguiu sair da água, pediu socorro aos moradores de um sítio nas proximidades e foi encaminhada para atendimento médico.

Os suspeitos fugiram com o carro da vítima para o município de Nova Olímpia, onde furtaram uma relojoaria. Do estabelecimento eles levaram dois celulares e alguns objetos, como relógios e correntes de ouro.

Os criminosos foram apreendidos em Tangará da Serra. Ainda segundo a PM, os quatro adolescentes já tinham envolvimento em crimes anteriores na cidade. Eles estavam com dois celulares, o carro e documentos da vítima.

Os suspeitos usaram uma arma de brinquedo para cometer o assalto.

O caso é investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso.

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