Policial e Trânsito
Justiça condena Ronnie Lessa e parentes por destruição de provas
A polícia afirma que o descarte do armamento aconteceu dias depois da prisão de Ronnie
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Segundo o MPRJ, Ronnie, acusado de ser o assassino de Marielle Franco e Anderson Gomes, e os outros quatro condenados jogaram armas na costa da Barra da Tijuca. A Justiça afirma que é possível que a submetralhadora utilizada para matar Marielle esteja no fundo do mar.
A Justiça condenou o ex-PM Ronnie Lessa, sua esposa, o cunhado e dois amigos pelo crime de destruição de provas.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Ronnie, acusado de ser o assassino de Marielle Franco e Anderson Gomes, e os outros quatro condenados jogaram armas no mar da Barra da Tijuca, quase um ano depois da morte da vereadora e do motorista.
A Justiça afirma que é possível que entre as armas despejadas esteja a submetralhadora utilizada para matar Marielle.
Segundo a investigação, as armas foram retiradas de um apartamento de Ronnie Lessa na Taquara dias antes da sua prisão, em 2019. As armas nunca foram encontradas.
Ronnie e os outros envolvidos foram condenados a quatro anos de prisão em regime aberto. Como o ex-PM continua respondendo pelo assassinato, ele segue preso na cadeia de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Os demais responderão em liberdade.
Elaine Lessa, mulher de Ronnie, o irmão dela, Bruno, e dois amigos foram presos em outubro de 2019 na Operação Submersus.
Alvos presos:
- Ronnie Lessa, preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte;
- Elaine Lessa, mulher de Ronnie, que também é dona do apartamento onde as armas estavam;
- Márcio Montavano, o Márcio Gordo, teria tirado as caxias de armas de dentro do apartamento de Ronnie e Elaine Lessa;
- Bruno Figueiredo, irmão de Elaine, suspeito de ajudar Márcio na execução do plano;
- Josinaldo Freitas, o Djaca, teria jogado as armas no mar.
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Pescador relatou descarte
A polícia afirma que o descarte do armamento aconteceu dias depois da prisão de Ronnie, em 12 de março, e teria contado com a participação de quatro pessoas, entre elas a mulher e o cunhado do PM reformado.
Em depoimento à Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, um pescador contou que um comparsa de Ronnie Lessa contratou seu barco e jogou seis armas no mar perto das Ilhas Tijucas.
Para a polícia, o contratante do barco é Márcio Gordo, e entre as armas estava a submetralhadora HK MP5 usada para matar Marielle e Anderson.
Segundo as investigações, Márcio Gordo teria retirado as armas de dois endereços ligados ao acusado de matar Marielle, alugado o barco e o serviço do dono, o pescador, e jogado tudo no mar.
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Buscas em alto-mar
No fim de março de 2019, pescadores da Zona Oeste confirmaram ao G1 que a Polícia Civil foi até o local de onde, segundo a denúncia, um barco saiu para fazer o descarte das armas no dia 14 de março, exatamente um ano após a morte da vereadora e seu motorista.
Testemunhas também presenciaram o embarque de caixas de papelão, bolsas e malas no dia do descarte descrito pela denúncia.
De acordo com uma informação que havia sido repassada à polícia, as armas teriam sido tiradas da casa onde Lessa montava os fuzis, no Pechincha, também na Zona Oeste do Rio, dois dias depois da Operação Lume – na qual Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz foram presos.
Também em março, a Marinha fez buscas na região onde a arma teria sido descartada.
Em julho, a Polícia Civil do RJ pediu ajuda à Marinha para realizar uma nova varredura.
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Um documento obtido com exclusividade pela TV Globo apontou que um sonar da Marinha detectou nove objetos no fundo do mar em um local próximo às Ilhas Tijucas.
A Marinha utilizou sonares para encontrar os objetos. Segundo os equipamentos utilizados, eram alvos com tamanhos aproximados de 50 centímetros a dois metros, e estão numa profundidade de 15 a 30 metros.
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