Fale com a gente
acimacar amor sempre presente

Policial e Trânsito

A trágica ‘Curva da Santa’: Engenheiro explica por que tantos veículos se perdem neste trecho da BR-376

Local registra graves acidentes e muitos com deles com vítimas fatais, como o que aconteceu com o time do Umuarama

Publicado

em

| Foto: Banda B/Colaboração |
Loja Californiana

O grave acidente entre um ônibus e outros dois veículos, que deixou pessoas feridas e duas mortas na manhã desta quinta-feira (8), na pista sentido Santa Catarina da BR-376, em Guaratuba, Litoral do Paraná, levantou mais uma vez a discussão sobre o perigo da chamada “Curva da Santa”. O local entre os quilômetros 666 e 668 da rodovia que liga o Paraná a Santa Catarina. Apesar da extensa sinalização e redutores de velocidade, o trecho costuma registrar graves acidentes e muitos com deles com vítimas fatais.

O engenheiro civil e especialista em gestão e planejamento de trânsito Hugo Alexander Martins Pereira explicou à Banda B que a sinalização do local é adequada, mas basta estar um pouco acima da velocidade máxima permitida do trecho para que as chances de acidentes graves aumentem.

tryideas

“Em trechos de serra as velocidades são reduzidas sempre, mas se o veículo estiver um pouco acima dessa velocidade permitida qualquer veículo já começa a ter instabilidade. No vídeo do acidente do ônibus do time do Umuarama dá pra ver que ele tomba porque perde a instabilidade”, disse Pereira, que é professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Positivo.

O ônibus estava com jogadores do Umuarama Futsal, que seguiam para Jaraguá do Sul, onde na noite de sexta-feira (9) tinham jogo marcado pela Copa do Brasil.

Segundo o especialista, alterações no desenho da curva são possíveis, mas é uma obra cara e demorada.

“Fazer alteração da curva tem elevados os custos porque essas áreas seguem os relevos e são muitas alterações necessárias”, explicou.

Por isso, Pereira recomenda atenção dos usuários da via quanto à mecânica dos veículos, especialmente com freios e respeito aos limites de velocidade.

“Por mais que se tenha áreas de escape, no caso de veículo sem freio, de qualquer tamanho, até um carro de passeio, ganha velocidade na descida por mais que não acelerem mais”, lembrou.

Ônibus de turismo do Pará na mesma curva em janeiro

A construção de áreas de escape e as melhorias no trecho de serra da BR-376 reduziram em mais de 40% o número de óbitos na região da Curva da Santa nos últimos dez anos. Mas foi nessa região que um ônibus de turismo vindo do Pará saiu da pista e tombou, no dia 25 de janeiro de 2021, causando a morte de 19 pessoas e deixando mais de 30 feridos.

Concessionária

Em nota, a Arteris Litoral Sul, concessionária que administra o trecho, informou que a “Curva da Santa” (km 668,7) integra o trecho de Serra da BR-376/PR, que vai do km 660 ao km 679. Especificamente no sentido sul, há um declive de altitude de aproximadamente 700 metros neste segmento – o que requer ainda maior cuidado dos motoristas, para prática da direção defensiva, observando a sinalização e utilizando o freio motor. Além disso, a manutenção preventiva também é essencial para viagem segura. Confira a nota na íntegra:

O trecho recebeu diversos investimentos desde o início da concessão – 2008 – e hoje conta com sinalização adequada, iluminação, sistema de controle de velocidade e duas áreas de escape em operação. Somente nas duas áreas de escape, já são 536 vidas salvas desde 2011. 

A melhoria da infraestrutura, associada ao trabalho de operação 24h por parte da concessionária, campanhas de conscientização e apoio à fiscalização, contribuiu para ampliação da segurança viária na rodovia. Entre 2011 e 2020, houve tendência de queda na incidência de acidentes – com redução de 62% no número total de ocorrências registradas por ano. 

A busca pela melhoria na segurança viária segue como meta constante da concessionária. E para isso, a Arteris Litoral Sul também busca a sensibilização de todos que trafegam nas rodovias em prol desta causa, pela preservação da vida no trânsito. E isso inclui o respeito à sinalização, aos limites de velocidade e do próprio veículo. Cada condutor deve ser responsável por si e pelos demais que compartilham o mesmo ambiente – a rodovia. 

Com informações de Banda B

Farmasi
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte