Saúde
“Para que avancemos mais no tratamento contra a Covid-19, precisamos que a sociedade também faça o seu papel”, diz a secretária de Saúde rondonense
O bate-papo é sobre o atual momento da saúde pública
Nesta quinta-feira (22), o jornalista Fernando Nègre recebeu no programa Direto da Redação, a secretária de Saúde de Marechal Cândido Rondon, Marciane Specht.
O bate-papo é sobre a saúde pública. O município está enfrentando o maior desafio de sua história nesse setor, e qualquer falha acarreta em mortes. A secretária conversa sobre o grande desafio, tomando por exemplo as tragédias de Manaus e Chapecó.
Considerando que a pandemia é um desastre nacional, Marciane é convidada a avaliar o combate à Covid-19 no município rondonense. O Brasil tem mais 380 mil mortes, Paraná mais de 20 mil mortes e Marechal, 73. Ela também comenta sobre as ações do COE (Comitê de Operações Emergenciais).
“O início da vacinação auxiliou muito para diminuir os casos, e os decretos foram eficientes para diminuir o número de pessoas infectadas. Mas, para que avancemos mais no tratamento, precisamos que a sociedade também faça o seu papel”, ressalta, Marciane.
Internamentos, isolamento, medidas de prevenção, munícipes recuperados também estão na pauta.
“A Secretaria de Saúde toma medidas pautadas em comprovações científicas. A prescrição dos medicamentos é feita conforme exames de sangue, tomografia… é preciso tomar bastante cuidado com a automedicação. Quem sabe o remédio que preciso tomar é o médico. Não posso sair tomando medicação sem comprovação científica”, reforça Marciane.
Assim como o tratamento da Covid-19, assuntos polêmicos que vieram à tona a respeito da pandemia em Marechal também foram abordados, como os casos de Covid-19 na escola de São Roque.
“Uma análise mostrou que a contaminação aconteceu fora da escola. Portanto, não há vínculos de contaminação naquele ambiente. E não pode ser considerado surto porque, para isso, é necessário o resultado positivo em três testes de RTC-PR”.
A segunda dose da vacina é extremamente importante, mas a adesão está baixa, por isso, a secretária deixa um apelo para que a população busque os pontos de vacinação.
“Para se proteger em relação à gravidade da contaminação é necessário tomar a segunda dose. Caso você não tenha recebido a primeira dose, e sua faixa etária já passou, você pode ir recebê-la. Mas o trabalho da Secretaria de Saúde é em vão se não forem tomadas as duas doses”, enfatiza Marciane.
Atualmente, o número de jovens contaminados e internados aumentou. Por isso, é importante lembrar das medidas de prevenção.
“As melhores medidas de prevenção são manter o uso do álcool em gel, higienizar bem as mãos, usar a máscara e, acima de tudo, evitar aglomerações. Vivemos numa região germânica, mas precisamos lembrar que não é recomendado compartilhar terere, chimarrão”, diz a secretária. “Contamos com você, cidadão rondonense, para continuarmos no combate da pandemia para que lá na frente possamos dizer que vencemos”, reforça Marciane.
Em Marechal Cândido Rondon, a vacina não tem sido aplicada nos finais de semana e feriados porque ainda não há doses suficientes para estender a vacinação nesses dias, conforme afirma a secretária durante a entrevista.
Durante a conversa, Fernando lembrou sobre a campanha de vacinação contra a Influenza. E a secretária explicou:
“A vacinação iniciou na faixa etária dos 6 meses aos 6 anos exatamente para que a imunização não seja feita junto da dose contra a Covid-19. É necessário um intervalo entre uma e outra, por isso, o governo federal elaborou o calendário desta forma”.
Aproveitando, ainda a oportunidade, a conversa abrangeu o assunto dengue. Diversos arrastões tem sido realizados no combate. Contudo, Marciane reforça:
“A nossa responsabilidade é cuidar dos nossos terrenos”.
Durante a entrevista, os internautas enviaram perguntas que foram respondidas pela secretária.
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