Fale com a gente
Bonni Restaurante

Política

Primeira Prefeitura de Marechal Cândido Rondon pode deixar de ser patrimônio histórico

Construído há quase 70 anos, ele foi tombado em 1985

Publicado

em

Prédio histórico está com sua estrutura bastante danificada |FOTO: Divulgação|
Academia Meu Espaço

Começou a tramitar ontem (22) no Poder Legislativo de Marechal Cândido Rondon o projeto de lei 6/2021, de autoria do vereador João Eduardo dos Santos (Juca). Ele propõe a revogação da lei municipal 1.568/1985, que declarou o prédio da primeira Prefeitura como patrimônio histórico rondonense. Ele está situado na área central da cidade, no cruzamento das Ruas Sete de Setembro e Sergipe.

O imóvel, que no período de colonização serviu de sede da empresa Maripá, após a emancipação do município foi doado pela companhia para servir de sede da Prefeitura de Marechal Cândido Rondon.

Alpha Investimentos

Com ampliações, o espaço atendeu esta finalidade de 1960 até 1979, quando o Poder Executivo mudou para o atual Paço Municipal.

Nas últimas décadas, o prédio foi utilizado por diversos órgãos públicos, sendo que atualmente estão nele instalados o Provopar e a Pastoral da Criança, além da Secretaria Municipal de Viação e Obras.

Sem a devida manutenção, a estrutura, na sua maior parte em madeira, hoje está bastante precária, o que impossibilita até mesmo a utilização de algumas salas.

“Em mais de 35 anos desde seu tombamento, o imóvel nunca foi completamente restaurado, como se objetiva a instituição de um prédio público como patrimônio histórico”, lamenta o vereador Juca.

Ao pesquisar a legislação que resultou no tombamento do edifício, ele identificou que nem o requerimento da Câmara que à época propôs a medida, e nem a lei municipal aprovada em dezembro de 1985, apresentou qualquer fundamentação ou proposta sobre o que fazer com o antigo prédio. Nem mesmo o decreto que regularia o cumprimento da lei chegou a ser formulado.

O edifício tampouco está registrado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Ou seja, conforme o vereador, “não se especificou uma motivação, uma comprovação da possibilidade desse tombamento, um planejamento de manutenção ou restauração. Apenas a vontade, digo que política, de conferir um título histórico ao imóvel”.

No orçamento do Município também não existe dotação ou projeto para sua restauração.

Como, a princípio, não existe interesse do governo municipal em investir na revitalização, Juca acredita que revogar a lei que instituiu o espaço como patrimônio histórico seja a melhor alternativa. Isso porque, assim, a Prefeitura poderia promover a retirada do edifício e dar uma nova destinação à área. Ou, ainda, fazer a modernização da estrutura, o que hoje não é permitido pelo fato de ser um prédio tombado.

“O imóvel se encontra em local nobre do município e poderia servir para novas construções, ou até mesmo ser remodelado, cumprindo com a utilidade efetiva do bem público. Observando que em mais de três décadas o bem permaneceu ignorado perante seu tombamento, sequer aparentando ser um patrimônio histórico e com risco constante de aumentarem suas avarias, entendo que a revogação da lei se mostra imperiosa, possibilitando ao Executivo Municipal a administração efetiva do imóvel”, reforça Juca.

O projeto de lei foi baixado para análises e pareceres das Comissões de Justiça e Redação e de Educação, Cultural, Saúde, Bem-Estar Social e Ecologia. Após os devidos pareceres a matéria será votada pelos vereadores.

Imobiliária Maurício Vazquez
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte