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Justiça aceita denúncia contra 22 policiais militares envolvidos em desvio de mercadorias apreendidas, no Paraná

Segundo o Ministério Público do Paraná, réus podem responder por integrarem organização criminosa, peculato, prevaricação e falsidade ideológica. Em junho, 15 deles foram presos durante operação do Gaeco

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|Foto: Reprodução/RPC|
Djenifer Becker Osteopata

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), na quarta-feira (10), contra 22 policiais militares por integrarem organização criminosa, peculato, prevaricação e falsidade ideológica.

Conforme a denúncia, os réus estão envolvidos em desvios de apreensões de mercadorias contrabandeadas, principalmente trazidas do Paraguai, durante as vistorias.

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De acordo com a promotoria, dos 22 investigados, 15 réus foram presos na Operação Desviados II, em 30 de junho de 2021. Os outros sete não foram alvo de prisão no dia da operação, mas de busca e apreensão.

À época, um vídeo divulgado pelo Gaeco mostrou uma suposta divisão de eletrônicos apreendidos entre policiais. No trecho, um dos agentes diz que irá se encontrar e negociar com um homem que vende produtos importados. 

A corregedoria geral da Polícia Militar (PM) do Paraná informou, após a operação, que os policiais foram suspensos das funções e que a corporação não admite que policiais cometam crimes e irregularidades.

A denúncia feita por meio do núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi recebida pelo juiz Leonardo Bechara Stancioli, da Vara da Justiça Militar Estadual, de Curitiba.

O promotor do Gaeco, Tiago Lisboa, disse ao G1 que as investigações estão avançando. Entretanto, detalhes não podem ser divulgados para não atrapalhar o andamento do caso.

“Com base nos desdobramentos da investigação, a gente não exclui que outros policiais estejam envolvidos nos desvios”, disse.

Esquema

Segundo as investigações, após se apropriarem das mercadorias, os policiais liberavam a pessoa abordada e produziam boletins de ocorrência com informações genéricas e sem descrição de produtos apreendidos, facilitando o desvio da mercadoria.

À época, a Justiça também determinou a suspensão do exercício de função pública dos investigados e monitoramento eletrônico.

Durante a operação, os 15 mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão foram cumpridos em Foz do Iguaçu, Missal, São Miguel do Iguaçu e Medianeira, no oeste do Paraná, além de Cláudia (MT).

O Gaeco apreendeu armas da PM, coletes balísticos, equipamentos eletrônicos e documentos.

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