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Câmera registra momento em que bombeiro da reserva é morto a tiros por policial no Paraná

Sargento José Carlos Prado, de 48 anos, foi baleado durante discussão, em Francisco Beltrão. Policial rodoviário responde em liberdade e alega que agiu em legítima defesa.

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Policial atirou contra bombeiro da reserva, em Francisco Beltrão — Foto: Câmera de monitoramento/Imagem cedida
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magens de câmeras de monitoramento divulgadas, nesta segunda-feira (26), mostram o momento em que o bombeiro aposentado José Carlos Prado, de 48 anos, é morto a tiros em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. 

O vídeo foi divulgado pela defesa do policial, que responde em liberdade. A advogada alega que o cliente agiu em legitima defesa.

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Nas imagens, o bombeiro se aproxima do policial com uma arma na mão. O policial saca a arma e faz os disparos contra ele.

Conforme a advogada de defesa, Kelly Borghesan, o policial gravou parte da discussão que começou dentro de um mercado.

“Para o policial militar foi uma situação muito clássica de legítima defesa. A gente entende que tenha sido uma fatalidade, no entanto, naquele momento, infelizmente, em risco eminente de ser o policial militar atingido pelos disparos”, disse a advogada.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o policial foi preso na sexta-feira e liberado no sábado (24).

O Comando da Polícia Rodoviária Estadual de Francisco Beltrão informou que o caso será analisado pela Justiça.

Segundo o major Rogério Pitz, comandante da Polícia Militar de Francisco Beltrão, o sargento José Carlos Prado trabalhava no Corpo de Bombeiros desde 1996 e tinha se aposentado em 2020.

“A gente sente muito ali, a perda do nosso companheiro de serviço. Por mais que tenha sido aposentado, trabalhou vários anos aqui na região de Francisco Beltrão”, disse.

Sargento foi morto a tiros após discussão — Foto: Cedida/Lademar Machado
Sargento foi morto a tiros após discussão — Foto: Cedida/Lademar Machado

O que diz a defesa da família do bombeiro

O advogado Igor Ogar, que defende a família de José Carlos Prado, afirmou que a defesa do policial tenta inverter a realidade dos fatos, apontando a vítima como agressor.

“As imagens mostram que a vítima estava em local público e empunhava arma de fogo de maneira defensiva e preventiva, apontada em direção ao solo, sem representar risco para quaisquer das pessoas presentes. Sem qualquer ato de agressão praticado pela vítima, o autor do fato [o policial] efetuou vários disparos contra a vítima, inclusive quando esta já havia sido alvejada e estava imóvel caída ao solo, sem representar qualquer risco”.

O advogado pontuou, ainda, que é visível o excesso praticado pelo policial.

“Não há legítima defesa do autor do fato, pois nunca houve injusta agressão da vítima e é inegável o excesso praticado pelo policial, que chega a disparar contra a vítima caída ao chão”, concluiu.

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