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Economia

Diretor de felicidade ganha espaço com pandemia; salário é de até R$ 40 mil

Há cursos que ensinam sobre a profissão

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Já imaginou comandar ações numa empresa para levar felicidade aos funcionários -e ainda ganhando um salário que pode chegar a R$ 40 mil? Por conta da pandemia, a profissão de “diretor de felicidade” ganhou relevância no Brasil. É o cargo de Chief Happiness Officer (CHO).

Algumas empresas no país, como o Google e a Tecfil, já implantaram esta função. No Google, o nome do cargo é Chief Culture Officer, com funções semelhantes ao de um CHO.

Ótica da Visão

“As organizações entenderam que, para reter talentos, não basta apenas ter bons salários. As pessoas precisam se sentir satisfeitas e felizes no trabalho, trabalhar por um propósito. E a empresa precisa ter esse olhar, uma vez que um profissional feliz rende muito mais e permanece na empresa por muito mais tempo”. – Gabriela Mative, superintendente de seleção da Luandre, empresa de consultoria em RH

Especialistas ouvidos pelo UOL dizem que o cargo do CHO é uma das profissões do futuro e ganha força como uma tendência para os próximos anos no Brasil.

“Podemos dizer que ela está se firmando e passa a ser uma profissão indispensável para a manutenção do bem-estar e dos bons resultados nos ambientes profissionais”. – Erika Moraes, especialista em recrutamento da Robert Half

No Brasil, a remuneração de um CHO fica entre R$ 15 mil a R$ 40 mil, dependendo do segmento e porte da empresa.

O Instituto Feliciência, um centro de formação nos campos da ciência relacionados ao bem-estar humano e à felicidade, trouxe a certificação Chief Happiness Officer para o Brasil em março de 2020.

“Acreditamos que mais que uma profissão ou cargo, trata-se de uma função cuja necessidade é premente”, disse Carla Furtado, diretora executiva do Instituto Feliciência, que é membro do Woohoo Academy, academia dinamarquesa de certificação Chief Happiness Officers.

“A felicidade no trabalho não é ter pessoas felizes e sorrindo o tempo todo nem mesmo usar de compensações que aumentem a satisfação. Deixar frutas à disposição dos colaboradores pode aumentar a satisfação, mas não é suficiente para garantir a felicidade. Para isso é preciso implantar ações que melhorem as suas relações e permitam melhores resultados”, disse Renata Rivetti, diretora e fundadora da Reconnect, que ministra o curso “Certificação Internacional Chief Happiness Officer”.

Há 15 anos como gerente de RH da Tecfil, Ana Paula de Oliveira, 47, diz que não existem segredos em estruturar um plano de felicidade corporativo. “O primeiro passo é conhecer e entender o perfil dos colaboradores, interesses, objetivos, sonhos etc., e construir uma jornada que faça sentido”, declarou. A Tecfil, fabricante de filtros automotivos, tem 1.500 funcionários.

Compartilhar e comemorar com todos os resultados atingidos, não deixar passar em branco datas comemorativas e até atender a cartinha dos filhos dos funcionários para o Papai Noel são exemplos de ações que a empresa desenvolve.

“O CHO vai além de um cargo. É preciso ser otimista, altruísta, criativo, dinâmico, empático e ter atenção voltada às pessoas e aos colaboradores que fazem parte da companhia. Ouvir é fundamental”. – Ana Paula de Oliveira, gerente de RH da Tecfil

A gestão estratégica da felicidade no ambiente corporativo pode trazer impactos na produtividade e resultados dos negócios.

Renata, da Reconnect, diz que a implantação de um “plano de felicidade organizacional”, quando bem aplicado, garante resultados ao longo de todo o seu processo. “É possível perceber os benefícios por meio do aumento do nível de engajamento dos colaboradores, maior retenção de talentos, melhora na imagem da marca, aumento na fidelização de clientes e até aumento nos lucros.”

Segundo Elcio Paulo Teixeira, CEO da Heach Recursos Humanos, diversas pesquisas apontam um ganho mínimo de 12% de produtividade (para empresas que promovem algumas ações regulares de felicidade) e de até 40% (para empresas que possuem ações bem estruturadas de gestão da felicidade).

“Esse profissional irá trabalhar ações que promovam engajamento das lideranças e equipe e realizar ações para medir e promover a felicidade no ambiente corporativo de forma a fazer com que isso impacte na produtividade e resultados dos negócios”. – Elcio Paulo Teixeira, CEO da Heach Recursos Humanos

Onde fazer curso de CHO

  • Reconnect

Criada em 2017, a Reconnect, empresa especializada em felicidade no trabalho,tem o curso “Certificação Internacional Chief Happiness Officer” desde o ano passado, fruto da parceria com a Happiness Business School, em Portugal, que atua em países como Suíça e Austrália.

O curso tem duração de três dias e custa R$ 3.500. Já formou 79 CHOs.

  • Instituto Feliciência

Criado em 2015, o Instituto Feliciência tem o curso Certificação Internacional Chief Happiness Officer (CHO-C), em parceria com a Academia de CHOs da Dinamarca (Woohoo Inc). O curso tem duração de 25 horas e custo a partir de R$ 3.880. O Instituto já formou 118 CHOs. Há vagas para a turma de agosto.

*com informações de UOL

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