Esporte
Mazepin tem começo desastroso na F1 e indica ter pouco repertório para melhorar
Nikita Mazepin mostrou que segue deixando coisas do mundo interferir em suas atuações de pista. Agora, precisa se esconder e não chamar atenção no restante da temporada caso queira ter uma carreira
Poucas estreias na Fórmula 1 foram tão desastrosas quanto a de Nikita Mazepin. O russo da Haas durou menos de 30 segundos na pista. Errou sozinho e bateu na curva 3 do circuito do Bahrein. Foi a primeira corrida mais curta de um piloto na Fórmula 1 desde que Felipe Massa e Allan McNish se envolveram no big-one da largada do GP da Austrália de 2002.
O resultado é praticamente previsível para o piloto que rapidamente ganhou a antipatia dos fãs. De desempenho irregular em sua trajetória nas categorias de base, Nikita sempre se mostrou como um competidor que facilmente se abala e se atrapalha pelas confusões que apronta dentro e fora das pistas.
Bater na terceira curva do seu primeiro GP não surpreende para um piloto que subiu para a Fórmula 1 impulsionado pelo dinheiro e carrega um caso de abuso sexual que será martelado e relembrado a todo instante. Afinal, furar a fila de outros pilotos e ter um crime em suas costas são motivos suficientes para relembrar que Mazepin não deveria estar no grid.
“Foi simples, eu cometi um erro”, disse Mazepin. “Estava com os pneus frios, ataquei demais a zebra e rodei. Foi um erro meu. Fico triste pela equipe e sei que preciso fazer um trabalho muito melhor do que esse. Fico muito irritado comigo e muito triste pela equipe”, seguiu.
A Haas não tende a ser o melhor ambiente para uma possível recuperação de Nikita. O time tem o pior carro do grid e tem a cabeça totalmente em 2022 por conta dos poucos recursos disponíveis. Dificilmente existirá uma possibilidade de redenção para o russo ainda em 2021.
Para as próximas 22 corridas do ano, Nikita tem a missão de voar baixo. Andar no limite que pode e evitar muito os erros. Afinal, com uma Haas tão capenga, só vai ganhar qualquer destaque mesmo se rodar, bater ou atrapalhar alguém. Por sinal, a FIA deve estar muito de olho em seus movimentos na pista, especialmente após o péssimo comportamento em diversos eventos da Fórmula 2 em 2020.
Apoio da equipe não vai faltar. Afinal, se não fosse Nikita e seu pai, a Haas teria chances até de não existir mais. Resta para o russo se agarrar no respaldo do time para tentar mostrar superar o início tenebroso.
Com informações de Gp