Fale com a gente
Alpha Investimentos

Esporte

Como é formada nota das ginastas nas Olimpíadas?

Critérios de pontuação são revistos a cada ciclo olímpico para que regras acompanhem evolução do esporte.

Publicado

em

FOTO: Assessoria
Ortho Evidence Odontologia

De Rebeca Andrade a Simone Biles, de Flávia Saraiva a Shilese Jones, todas as ginastas que competem nas Olimpíadas precisam seguir um conjunto específico de regras para aumentar suas pontuações na competição. Para brilhar no ginásio e ser exemplo de vida e superação para milhões de jovens, elas precisam alcançar notas cada vez mais altas. O nível de dificuldade dos movimentos e a precisão na execução são dois dos principais fatores levados em consideração pelos jurados na hora de avaliar os atletas. E o que mais está em jogo quando eles pisam nos aparelhos?

O código de pontuação da ginástica artística é revisto a cada ciclo olímpico. Ou seja, sempre que uma edição das Olimpíadas chega ao fim, há mudanças para o próximo ciclo. De acordo com a professora de Ginástica do curso de Educação Física da Universidade Positivo (UP), Pauline Iglesias Vargas, isso acontece porque a ginástica está em constante evolução e é preciso que as regras acompanhem esse movimento. Ela explica que a avaliação é feita por dois grupos de árbitros. “Os árbitros de execução são aqueles que avaliam a qualidade técnica do movimento executado, com a nota partindo de 10. Então, uma boa nota de execução é a que se aproxima da nota dez. Atualmente, eu diria que é quase impossível que um atleta chegue até essa nota”, detalha.

Ótica da Visão

Essa nota dez contém movimentos técnicos específicos, uma série de posturas e até mesmo posicionamento de mãos que devem ser executadas. Qualquer desvio desses detalhes descritos já acarreta a perda de 0,10 a um ponto, dependendo do grau do erro cometido. “Por exemplo, numa prova de traves, se a ginasta cai da trave, ela tem menos um ponto na execução, o que é muita coisa diante da nota final”, pontua.

Já o segundo grupo de árbitros avalia a dificuldade dos movimentos executados pela ginasta. É o que se chama “nota de partida”. “Esses são sempre os hábitos mais experts da competição, que estão de olho no que a ginasta executa, qual é o valor do movimento, de qual grupo de elementos ele faz parte. O árbitro vai pontuando a partir disso. No feminino, ele vai contar os oito elementos de maior dificuldade e, no masculino, os dez movimentos de maior dificuldade”, esclarece. Ele também avalia se o atleta cumpriu com os exercícios obrigatórios do aparelho, que garantem uma nota de dois pontos e meio, somada aos elementos que ele executou. Então, a nota final do atleta será a soma da dificuldade com a execução.

Exemplo para o mundo

A busca pela perfeição nas notas não é à toa. Toda a exposição trazida pelos Jogos Olímpicos faz da ginástica uma atividade com crescente interesse por parte dos jovens. Recentemente, Rebeca Andrade ganhou uma Barbie feita à sua imagem e semelhança, uma prova de que o esporte vai muito além do ginásio e é capaz de povoar os sonhos de crianças de todo o Brasil. O coordenador técnico da UPX Sports, Zair Cândido, avalia a importância dessa exposição. “Ver atletas como a Rebeca competindo em alto nível traz para as outras meninas uma sensação de que é possível conquistar o mundo. É claro que poucas pessoas chegarão a esse nível de excelência no esporte, mas essa é uma sensação importante para a vida como um todo e traz importantes lições de superação”, comenta.

A maior nota da história

Com a evolução do esporte e as mudanças nas regras de pontuação, ficou cada vez mais difícil atingir a nota máxima na ginástica artística. Mas isso já aconteceu uma vez, em 1976, e a ginasta em questão virou uma lenda: era a romena Nadia Comăneci. Naquele ano, nas Olimpíadas de Montreal, Nadia conquistou a primeira nota dez da ginástica. “O código de pontuação daquela época não é o mesmo de hoje. Inclusive, a série apresentada por ela tinha elementos que hoje são proibidos, não estão mais no código de pontuação devido ao grande risco na execução”, comenta Pauline. Naquela época, a arbitragem não era dividida como é hoje e havia uma nota máxima a ser alcançada, que era o dez.

Hoje não há mais um teto de nota a ser conquistado, porque a dificuldade tem um limite de oito elementos para o feminino e dez para o masculino. Esses elementos têm valores entre 0,10 e um ponto, então há uma grande variedade possível na soma final. “No campeonato mundial de ginástica artística do ano passado, a Rebeca Andrade ficou em primeiro lugar na prova de salto com a nota 14.750, uma nota altíssima. A quinta colocada, por sua vez, fez 13.800. É uma diferença de quase um ponto entre a primeira e a quinta colocada com notas extremamente altas para essa modalidade”, destaca a especialista. Como a prova de salto é curta, ela acaba tendo notas mais altas, com menor chance de perda de pontuação na execução.  eu peguei aqui a prova de salto porque as notas em geral no salto são as maiores notas uma prova muito curta.

Perfeição x dificuldade

Mas, se a dificuldade do exercício vale pontos, por outro lado uma execução mal feita pode diminuir muito a nota final. O que vale mais a pena, um exercício de nível fácil com uma execução cravada ou um exercício difícil, ainda que com algumas falhas na execução? Segundo Pauline, o código de arbitragem da ginástica tem se encaminhado para buscar o máximo de segurança dos atletas. Então, a perda de pontuação no caso de uma queda é considerável. “É uma decisão muito estratégica entre treinador e atleta porque cada décimo vale muito em uma competição. Mas, se o atleta está cometendo muitas falhas técnicas na execução de um movimento de grande dificuldade, é sempre melhor que ele realize, então, um movimento um pouco mais simples, com mais segurança”, pontua. Ela acrescenta que a Federação Internacional de Ginástica está comprometida com a segurança dos atletas e costuma avaliar a questão da segurança não apenas da execução, mas também do treinamento repetitivo de cada um dos novos elementos homologados.

Com informação assessoria.

Djenifer Becker Osteopata
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte