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Paraná é o 3º estado com mais motoristas reprovados no exame toxicológico

Foram mais de 24 mil testes positivos desde 2016. Teste detecta uso de álcool e drogas nos últimos seis meses

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FOTO: Internet/Reprodução
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O Paraná é o terceiro estado com mais motoristas reprovados em exames toxicológicos: foram 24.458 profissionais flagrados no teste desde que ele começou a ser obrigatório, em 2016, até agosto de 2022. Os números são da Associação Brasileira de Toxicologia.

O estado fica atrás apenas de São Paulo, onde cerca de 64 mil motoristas foram flagrados, e Minas Gerais, que registrou mais de 32 mil testes positivos no período.

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O exame é obrigatório para quem dirige caminhões, vans e ônibus. Por lei, o teste deve ser feito a cada dois anos e meio e detecta uso recorrente de álcool e drogas nos últimos seis meses.

No último fim de semana, um motorista de caminhão cruzou Curitiba provocando acidentes em série. À polícia, ele confessou ter bebido e usado drogas antes de pegar a estrada. 

O presidente da associação, Renato Borges, defende que a legislação exija o exame toxicológico em um intervalo menor de tempo.

“Uma frequência de testagem que seria considerada alta, ou seja, seria feita, exigida a cada seis meses, é o ideal. Ela fecha todas as janelas.”

Estradas no Paraná — Foto: Reprodução
Estradas no Paraná — Foto: Reprodução

Elton Tramontin é dono de uma transportadora e afirma que a primeira coisa a que o motorista é submetido quando começa a trabalhar na empresa é o exame toxicológico.

“Eu também acompanho muito os horários de rota dos motoristas e, se eu achar que o motorista está rodando mais do que é o horário, eu chamo ele na empresa e mando fazer o toxicológico.”

Rodolfo Rizzotto é coordenador do SOS Estradas, movimento que busca reduzir acidentes de trânsito. Ele cita que pesquisas comprovam que motoristas profissionais consomem mais drogas ilícitas, como cocaína, do que o álcool.

De acordo com o coordenador, o movimento acompanha o crime ocorrido em Curitiba no último sábado (14).

“Além de apurar o que ocorreu, dentro do possível e do nosso conhecimento, nós estamos também alertando o Ministério Público do Trabalho para que eles vão checar as condições de trabalho desse profissional, que alega que passou dois ou três dias sem dormir.”

Multa automática por falta de exame está suspensa

Medida provisória editada no fim de 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu até 2025 a aplicação da multa automática pelos departamentos de trânsito para o motorista profissional que não realizar o exame toxicológico no intervalo de dois anos e meio.

Pela regra atual, os condutores só serão multados se pararem em uma fiscalização e não estiverem com o teste em dia.

“Qual é o objetivo disso? Os únicos que podem se beneficiar com isso são os criminosos, os traficantes, o crime organizado, quem explora esse profissional, o usuário de drogas, prejudicando a sociedade, a segurança viária, inclusive criando uma concorrência desleal, porque quem usa droga tira o frete, o serviço de quem não usa”, afirma o coordenador do SOS Estradas.

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