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Artista plástico Angelo Venosa morre no Rio aos 68 anos

Um dos maiores escultores do Brasil, Venosa nasceu em São Paulo e construiu sua carreira no Rio de Janeiro a partir de 1974. Desde 2019, o artista passou a conviver com os sintomas da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

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Angelo Venosa — Foto: Reprodução/TV Globo
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O artista plástico Angelo Venosa morreu aos 68 anos, nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, em decorrência de problemas causados pela Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença que ataca o sistema nervoso, enfraquece os músculos e afeta as funções físicas.

Desde 2019, o artista passou a conviver com os sintomas da ELA e no último sábado (15) foi internado em um hospital particular do Rio de Janeiro.

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Natural da cidade de São Paulo, Venosa é considerado um dos maiores escultores do Brasil, com quase 40 anos de carreira. O artista tinha como característica criar peças usando madeira, tecido, fibra de vidro e outros materiais.

Algumas esculturas do artista ocupam espaços na paisagem de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Na Praia do Leme, na Zona Sul do Rio, por exemplo, uma obra foi batizada pelos cariocas como “A baleia”. Em uma entrevista em 2021, o artista falou sobre o projeto.

“A baleia não é uma representação de baleia, está de ser longe disso, é só uma estrutura, guarda alguma coisa orgânica? Guarda. É um esqueleto? Num sentido muito genérico. Mas ganhou um apelido de baleia, porque as pessoas precisam embrulhar aquilo para conseguir digerir. É um movimento muito afetivo”, dizia Angelo Venosa.

Obras inovadoras

Angelo Venosa ganhou notoriedade ao produzir obras tridimensionais que misturavam materiais vindos da natureza com o universo industrial. Antes de se mudar para o Rio de Janeiro em 1974, o artista frequentou a Escola Brasil, em São Paulo, espaço experimental de ensino de arte em 1973.

O reconhecimento no mundo da arte aconteceu nos anos 80, quando Venosa integrou o que ficou conhecido posteriormente como a Geração 80. O movimento marcou a retomada da pintura, mas ele se difere do grupo por ter optado pela escultura.

Em 2007, Venosa defendeu a dissertação de mestrado “Da Opacidade”, na pós-graduação da Escola de Belas Artes da UFRJ.

As obras no país

Há obras expostas no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e na Pinacoteca de São Paulo.

É possível também ver obras do artista plástico na Praia de Copacabana e Museu do Açude, no Rio, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, e no Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba.

A última exposição do artista estreou no Rio de Janeiro em abril de 2021, com obras feitas durante a pandemia. Ele já estava mais recluso em casa antes deste período por conta do diagnóstico de ELA.

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