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Vereador de Pinhais é investigado por suspeita de injúria racial contra mulher, diz polícia

Comerciante disse que vereador Flázio Gorges (Cidadania) fez ofensas racistas contra ela no meio da rua; parlamentar afirma que acusações são infundadas e repudia qualquer forma de racismo.

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Vítima afirma que câmera de monitoramento registrou momento em que ofensas ocorreram, em Pinhais |Foto: Câmera de monitoramento|
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O vereador de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Flázio Gorges (Cidadania) está sendo investigado por suspeita de injúria racial, segundo a Polícia Civil.

De acordo com uma comerciante, de 50 anos, que não quis se identificar, ela voltava para casa quando foi abordada e ofendida pelo vereador.

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“‘Pretarada’ lixo. Preto gosta de se aparecer, gosta de dar show na Câmara, gosta de atrapalhar o meio político. ‘Pretarada’ suja, vocês são sujos, referente a minha cor”, contou o que o vereador disse para ela.

Um vídeo de uma câmera de monitoramento registrou o momento em que tudo aconteceu, segundo a comerciante. A cunhada dela estava junto e disse que testemunhou as ofensas.

“Eu me senti ofendida. Conforme ele foi falando aquilo foi doendo mais ainda, é repugnante você ouvir uma pessoa se dirigir a você assim”, contou a cunhada.

O vereador, conhecido como “polaco do pérola” em nota, afirmou que os movimentos de igualdade racial e seus mecanismos e ferramentas de coibição ao preconceito não devem ser utilizados como tribuna política ou arma de vingança privada contra desafeto.

Segundo o parlamentar, ele apoia a causa da igualdade racial e repudia qualquer forma de racismo. Afirmou ainda que as acusações são infundadas.

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado em boletim de ocorrência, e a vítima prestou depoimento. Já o vereador, deve depor na próxima semana.

O caso

A comerciante acredita que foi ofendida por causa de disputas políticas no bairro. Dias antes, a mãe dela tinha sido homenageada pela Câmara de Pinhais, mas o projeto foi apresentado por um outro vereador, que também tem eleitores na região.

O Movimento Negro Unificado (MNU) no Paraná comentou o caso.

“É indignante que não se coíba práticas racistas e práticas discriminatórias dentro de espaços de poder, dentro de espaços que deveriam nos representar e não nos perseguir, e não nos ofender, e não nos discriminar”, disse a coordenadora estadual do MNU, Gabriela Grupp.

A Câmara de Pinhais disse que não irá se manifestar porque é um caso particular do vereador e não envolve a instituição.

“Eu tornei isso público para outras pessoas não ficarem caladas quando forem atacados, verbalmente e fisicamente, por causa da sua cor. Não foi só a mim, agora todo mundo teve isso como uma ofensa”, revelou a vítima.

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