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Agronegócio

Regiões começam colheita de milho de segunda safra; Avaliação é de perdas consideráveis para produto

No oeste do Paraná, as lavouras foram bastante afetadas em razão das geadas

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A colheita e segunda safra de milho começou em diversas regiões do Paraná. Embora o produto esteja sendo retirado da lavoura e o preço da saca esteja alto, as perdas consideráveis e prejuízos aos produtores deverá ser sentida. Isso porque diversos fatores climáticos, em especial os períodos de seca e geadas, acabaram dificultando o desenvolvimento da planta e sua colheita.

Na região de Campo Mourão a colheita se iniciou e as perdas estimadas são consideradas altas. “Na última semana tivemos três geadas consideráveis, que influenciaram na cultura do milho. Estimamos uma perda em torno de 40% a 50% de forma ainda preliminar, já que faz poucos dias da proximidade do evento”, afirmou o Roberto Bueno, da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Campo Mourão.

Charles Pinturas

De acordo com Bueno, em algumas cidades como Ubiratã e Mariluz os produtores estão conseguindo colher o produto com uma boa qualidade. “Lá, as informações que temos é que estão sendo colhidos de 80 a 100 sacas por hectare e o milho com uma boa qualidade. Porém, são áreas que acabaram sendo beneficiadas por uma janela de plantio em que as condições climáticas não foram prejudiciais”.

Já na região Sudoeste do Paraná, a perspectiva é a mesma. “Acreditamos em uma quebra de 50% na safrinha, que resultará no aumento do custo de produção para criadores de frango, suínos e gado. Isso é algo que vem desde a semeadura com períodos de estiagem e depois geada”, destacou o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Pato Branco, Edson Roberto Silveira.

No oeste do Paraná, as lavouras foram bastante afetadas em razão das geadas. De acordo com o presidente da Comissão Técnica de Aquicultura da Faep, Edmilson Zabott, a situação é totalmente diferente dos outros anos. “Avalio que as perdas podem chegar a 80% do milho que não estava pronto, além da qualidade do grão que naturalmente irá piorar. Somente 15% dos 45 mil hectares na região devem ter menos perdas”, avalia.

Na região de Toledo, o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Toledo (AEATO), Leodacir Francisco Zuffo, pontuou as expectativas para a colheita da safrinha. “Nossas estimativas são de 40% de perdas no milho safrinha. Como não choveu após as geadas, acreditamos que não terá alto índice de grãos ardidos, mas sim grãos leves, chochos”, afirmou.

Segundo o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Maringá, Paulo Milagres, a região sofreu muito primeiramente com a seca e depois com as geadas. “Tivemos uma grande perda devido à seca. Agora, tivemos o agravamento devido a geada. Calculamos que a qualidade do grão deve cair muito e com isso causar uma falta de produtos na região. Cálculo uma perda de 60%. Será considerável”, avaliou.

De acordo com Airton Citolin, da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel, a estimativa de perda é grande. “Imagino algo em torno de 60% da produção. Eu acredito que uns 20% foi em razão da seca e o restante por causa da geada. Se o tempo continuar frio, este milho vai acabar secando e vai dar para colher, claro em uma qualidade menor. Se esquentar e chover, a perda será maior ainda”.

Deral

De acordo com dados do Deral ( Departamento de Economia Rural do Paraná), a expectativa é de que o Estado tenha uma produção estimada de 9,8 milhões de toneladas nesta safra. Algo próximo a 19% a menos do que o colhido no ciclo 2019/2020. Ainda de acordo com o departamento, 37% da perda total do Estado corresponde à região Oeste, que é a principal produtora.  

As chuvas de junho contribuíram para uma redução da perda no campo e estabilização das condições gerais da lavoura. Dos 2,52 milhões de hectares plantados, 26% têm boas condições, enquanto 41% apresentam situação mediana e 33% condições ruins. Com relação à área, a expectativa aponta para 2,5 milhões de hectares. Algo em torno de 10% a mais que na safra passada.

Dr Rodrigo Dentista
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