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Motoboy de BH fica em coma por 5 dias após agressão por cliente em Portugal; ‘desesperador’, diz mulher

Hudson Bonsucesso Nazaré, de 32 anos, continua internado no Hospital Garcia d’Horta, em Almada, dez dias após ser agredido por um cliente durante uma entrega em Seixal, na Região Metropolitana de Lisboa.

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Hudson Bonsucesso Nazaré, de 32 anos, de BH, está internado em Portugal, após agressões durante entrega, no último domingo, 23 de maio. — Foto: Redes Sociais
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A última entrega prevista pelo motoboy Hudson Bonsucesso Narazé, de 32 anos, no domingo, 23 de maio, acabou em briga. Ele vive em Portugal há 3 anos e foi agredido por um cliente na cidade de Seixal, Região Metropolitana de Lisboa. Dez dias depois, ele continua internado e sem previsão de alta.

Em conversa com G1, a mulher de Hudson, Raquel Gonçalves, contou que, por volta das 22h, no horário de Lisboa, o marido, que trabalha em um aplicativo, saiu para fazer a entrega em Seixal.

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Chegando ao local, ele teria se recusado a subir ao 5º andar do prédio, devido às restrições da Covid-19, e teria solicitado que o cliente pegasse a refeição na porta.

“O cliente desceu para tirar satisfação com ele e houve desentendimento e muito bate-boca. Os vizinhos disseram que o homem começou a agredir meu marido, que já saiu dali desacordado”, contou Raquel.

O motoboy foi levado para o Hospital Garcia d’Horta, em Almada, também na Região Metropolitana de Lisboa, onde ficou em coma induzido por cinco dias. Atualmente, Hudson já respira sem ajuda de aparelhos, mas se alimenta por meio de uma sonda nasal.

“Ele não corre risco de morte, o pior passou, mas agora é esperar pela recuperação total dele”, disse a mulher de Hudson.

Ainda segundo Raquel, não foi possível registrar um boletim de ocorrência contra o suspeito, porque ela teria sido informada por um agente que a ocorrência teria que ser feita pela própria vítima e que o marido dela teria até seis meses para procurar a delegacia.

“Questionei como seria possível uma pessoa em coma registrar a ocorrência”, disse.

Eles estão juntos há 2 anos e, devido às dificuldades financeiras, ela e os amigos fizeram campanha nas redes sociais para arrecadar dinheiro para o tratamento do motoboy.

“Foi desesperador receber a notícia do espancamento do meu marido, eu conto com ajuda da família e dos amigos com as despesas de Hudson. Eu tenho fé em Deus na recuperação dele e fé em dias melhores para a nossa família”, acredita Raquel.

Segundo ela, o suspeito das agressões é lutador e professor de artes marciais. Ela disse que o advogado da família vai entrar com um pedido de prisão preventiva, de suspensão das atividades como professor e exigir pagamento para auxílio do casal. A renda da família vinha das entregas de Hudson.

‘Foi apenas um soco’

Segundo o português Isaac da Cunha, suspeito de ter agredido Hudson, o motoboy chegou em sua casa já “muito alterado”.

“Ele ficou muito alterado com a minha negativa de descer para pegar a comida. Nos desentendemos, discutimos e, após ele ter me empurrado, eu dei um soco nele, foi apenas um soco”, disse Isaac ao G1.

Cunha contou que ele chamou a polícia após a briga e que está preocupado com o estado de saúde de Hudson.

“Eu ainda guardei a moto e o capacete dele aqui em casa para devolver à família. Eu quero ajudá-los, me arrependo, mas ele estava muito alterado, parecia ter feito uso de drogas, me defendi, e se ele tivesse armado? Eu ia morrer?”, disse o português, que confirmou ser lutador profissional.

Com informações de G1

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