Tabu: desmistificando o ciclo da vida

Mesmo com todo o avanço da humanidade alguns assuntos ainda são tabus. Aqueles que são ligados com a sexualidade humana geralmente são negligenciados como se não fizessem parte da nossa vida. Raramente as famílias, escolas, igrejas e instituições falam de maneira aberta e dinâmica sobre o assunto. Incompreensível pensarmos que pessoas morrem por conta de não terem informação adequada. O assunto de hoje é sobre T.D.P.M, Transtorno Disfônico Pré Menstrual.

Essa condição é caracterizada por um conjunto de sintomas, capazes de afetar mulheres em qualquer fase de sua idade reprodutiva. A título de conhecimento, uma parcela pequena das mulheres, sofre de sintomas pré-menstruais tão intensos e agudos que sua vida emocional, profissional e social podem se tornar abaladas. As razões dessa condição ainda requer estudos, contudo, questões ambientais, nutricionais e o estilo de vida estão entre os fatores do T.D.P.M.

Alguns sintomas que antecedem e/ou acompanham o ciclo menstrual são:

• Humor depressivo sem causas aparentes
• Extrema ansiedade
• Angústia incontrolável e sem causa aparente
• Sentimento de falta de esperança
• Facilidade em chorar
• Quadros de raiva e irritabilidade intensa
• Sensação de esgotamento físico, mental e emocional agudo
• Alteração significativa na capacidade reprodutiva
• Atenção e concentração diminuídas
• Crises intensas de enxaquecas
• Conflitos pessoais e sensação de inadequação
• Aumento de apetite repentino (chocolates e doces)
• Distúrbios do sono
• Dificuldade em realizar atividades físicas rotineiras que se tornam impraticáveis
• Sensação de estar no limite da normalidade
• Alteração no Libido

Por que falar desse assunto?

Abordamos esse assunto porque o dia 28 de maio é uma data especial. Em 2014, a ONG alemã Wash United estabeleceu essa data como o Menstrual Hygiene Day (Dia da Higiene Menstrual, em tradução livre) com o objetivo de educar meninas e mulheres para quebrarem o silêncio a respeito do tema e, assim, acabar com tabus e crenças erradas.

Existe um clamor mundial para que essa data não seja apenas uma data isolada de uma ONG na Alemanha, mas que seja uma luta de todos.

Creio que esse assunto não é apenas para meninas e mulheres, é um assunto de todos nós pois ele diz respeito a vida como um todo.

É inadmissível que em pleno século XXI, o assunto seja um tabu.

No Quênia uma jovem de 14 anos foi expulsa da sala de aula por seu “professor” porque ficou menstruada e não tinha dinheiro para comprar absorventes. O “professor” humilhou a aluna com comparações de baixo calão, comparando-a com uma série de coisas que não temos coragem nem de mencionar nesse artigo. Ela chegou em casa e tirou a própria vida por vergonha de tudo o que viveu em sala de aula.

Em 2001, trabalhei em um projeto de Assistência Social enquanto cursava a Faculdade. Meu trabalho era cozinhar para 25 pessoas que frequentavam a casa de abrigo. As pessoas em vulnerabilidade e vivendo na rua eram nosso alvo. Era nítido o sofrimento dessas mulheres que necessitavam utilizar como proteção higiênica o que tinham em mãos, desde panos sujos, fraldas e absorventes já utilizados retirados do lixo, plásticos, folhas de árvore entre outras coisas. Minimizar o sofrimento dessas pessoas de maneira digna e simples era nossa missão.

Posteriormente em 2014, visitei um colega que desenvolvia um trabalho educacional em uma penitenciária masculina e feminina. Percebemos que as populações carcerária no Brasil passavam pela mesma situação da jovem do Quênia todos os meses. Algumas contraem infecções por usarem qualquer matéria que tenham disponível.

Quero lembrar que estamos falando de um sangramento natural, que indica maturidade, sendo o único sangramento que não tem ligação com a violência doméstica, nem com feminicídio, nem com mortes violentas por tráfico ou assassinatos.

Mas a maioria das pessoas quer fechar os olhos para essa realidade e acredita ser tabu falar sobre isso. Falar das atrocidades já citadas como se fosse apenas uma estatística deveria ser estranho e não deveria ser estranho o assunto de T.D.P.M.

A Escócia é o primeiro país a disponibilizar absorventes gratuitamente para todas as mulheres do país. O Estado do Rio de Janeiro-RJ está andando em passos lentos nessa direção.

A menstruação não é uma questão de escolha, é uma condição normal da humanidade. Na antiguidade, os egípcios tinham o direito de cuidar de suas esposas, mães e filhas durante esse período. A humanidade foi chamada para a evolução e não ao retrocesso social.

Queria lembrar que Jesus se deixou tocar por uma mulher hemorrágica que sofria há 12 anos. Isso no judaísmo era um sacrilégio, mas Jesus promoveu cura e salvação a ela.

Nossa empresa de assessoria emocional Grace Theo Therapy, apoia a causa das mulheres de baixa renda que necessitam todos os meses de cuidados e que estão a margem. Falo isso porque sou pai de meninas, sou esposo e fui criado apenas por minha mãe, irmã, avó e tia.

Todos nós, em qualquer fase da vida, temos mulheres a nossa volta. Mulheres que são importantes para cada um de nós. Por isso, devemos lembrar que essa não é uma luta apenas das mulheres. É uma luta de todos que dependeram de uma mulher para nascer. É uma luta de quem tem mãe, tia, irmã, esposa, filha e amigas. Luta de todos.

Diante dessa realidade, desenvolvemos e aplicamos inúmeros procedimentos capazes de atenuar e diminuir todos os sintomas já mencionados anteriormente. Reflexologia podal terapêutica, Ventosaterapia, floral terapia e pedras quentes estão entre algumas das técnicas que desenvolvemos.

Agende sua sessão: (45) 99933-9516