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Homem envolvido na troca de tiros que atingiu e matou menino de 13 anos é condenado a mais de oito anos de prisão

Menino morreu em 2017 após ser atingido por bala perdida em um ponto de ônibus. Réu foi condenado pela morte do homem que atirou no adolescente. Advogado de defesa disse que pena foi aplicada de forma correta.

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Menino de 13 anos foi atingido por bala perdida e morreu, em Cascavel — Foto: RPC/Reprodução
Velho Oeste

O homem envolvido na troca de tiros que resultou na morte de um menino de 13 anos em 2017, em Cascavel, no oeste do Paraná, foi condenado a oito anos, quatro meses e 25 dias por homicídio no julgamento realizado nesta terça-feira (25), no auditório da Universidade Paranaense (Unipar).

Oziel Teixeira de Brito foi condenado por assassinar Valdenilson Rinaldi, que foi quem atirou na criança durante a discussão entre os dois. A bala perdida atingiu Santhiago Luna Souza Leite, que esperava a mãe em um ponto de ônibus.

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De acordo com a acusação, mensagens de áudio e texto no celular de Oziel mostram que a morte de Valdenilson foi planejada e que teria acontecido por desacertos em um negócio de cigarros contrabandeados.

O assassinato de Santhiago Luna foi considerado pela Justiça como responsabilidade de Valdenilson, por isso, Oziel foi acusado apenas pela morte do colega.

O júri popular durou nove horas e teve a participação de quatro homens e três mulheres como jurados.

A defesa de Oziel afirma que conseguiu comprovar que o réu agiu sob forte emoção por injusta provocação da vítima.

“A pena foi aplicada de forma correta, Oziel nunca negou que matou. Atirou porque tinha motivos relevantes e que foram acolhidos pelo plenário. Infelizmente, um adolescente perdeu a vida. Provamos que Oziel nada teve a ver com a morte do menino. Justiça foi feita”, disse o advogado Lauri Silva.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) afirmou que não vai recorrer da decisão.

Como foi o julgamento

No período da manhã, o acusado decidiu usar o direito de permanecer em silêncio e não respondeu as perguntas do interrogatório.

Durante a tarde, o Ministério Público e o advogado de defesa apresentaram argumentos sobre o caso para os jurados.

Relembre o caso

Santhiago Luna Souza Leite estava em um ponto de ônibus, junto com o irmão mais novo, em 9 de maio de 2017, no Bairro Canadá, em Cascavel.

Os dois aguardavam a mãe chegar do trabalho quando começou uma discussão em um bar, há poucos metros dali.

A briga entre dois contrabandistas acabou em uma troca de tiros. No meio do tiroteio, uma bala perdida acabou atingindo a cabeça do menino. Ele não resistiu e morreu no hospital uma semana depois.

Segundo a polícia, o tiro que matou Santhiago saiu da arma de Valdenilson, que também morreu.

Santhiago era estudante do Colégio Júlia Wanderley, gostava de desenhar e sonhava em ser médico.

Em 2017, a RPC conversou com a mãe e o irmão dele para uma série de reportagens.

“Às vezes eu tenho que olhar fotos ou ver os vídeos dançando com ele, jogando bola pra conseguir aceitar o que aconteceu, porque se eu não ver essas coisas, eu só lembro dele sangrando na calçada. Eu não quero lembrar daquilo. É difícil, né? Morrer, pagar conta de outras pessoas, sem dever, não é? Já se diz o nome [bala] perdida, mas nada é perdido, né? Sempre tem a culpa de alguém, de alguém que provocou e chegou na pessoa errada, é só isso, mas perdido não é”, disse a mãe do menino.

Com informações de G1

Dr Rodrigo Dentista
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