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Ministério Público do Paraná denuncia médico que discriminou enfermeira por orientação sexual
Além de impedir a enfermeira de exercer a profissão, o médico ainda teria dito diversas ofensas sobre a orientação sexual da profissional
O Ministério Público do Paraná denunciou um médico e diretor clínico de um hospital em Paraíso do Norte, região noroeste do Paraná, que ofendeu e impediu uma enfermeira de trabalhar no local pela orientação sexual da vítima.
A Promotoria de Justiça de Paraíso do Norte ofereceu denúncia criminal por lesbofobia e falsidade ideológica contra o médico, que teria impedido a enfermeira de cuidar de um idoso internado no hospital.
Além de impedir a enfermeira de exercer a profissão, o médico ainda teria dito diversas ofensas sobre a orientação sexual da profissional.
Para tentar esconder o ocorrido, o médico e outra enfermeira do hospital fraudaram um documento em que alegaram a reclamação de um paciente da mesma enfermaria em que trabalhava a profissional.
No documento fraudado, o médico e a enfermeira apontaram que o paciente teria solicitado a exclusão da profissional por ela ser do sexo feminino.
Mas a Promotoria verificou o crime de falsidade ideológica do médico e da enfermeira, após a investigação demonstrar que não houve nenhuma reclamação contra a profissional e que a ação foi motivada como forma de esconder a discriminação no hospital.
O crime de lesbofobia tem pena prevista de um a três anos, enquanto a falsidade ideológica pode render detenção de um a três anos. Ambos os delitos também podem resultar no pagamento de multa.
FONTE: Paraná Portal