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Atacante que foi a contratação mais cara da história do Athletico é encontrado morto em casa

O atleta foi encontrado morto em sua casa, com um tiro no peito. Inicialmente, a principal suspeita é de suicídio

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O atacante uruguaio Santiago García, de 30 anos, foi encontrado morto na manhã deste sábado (06 de fevereiro) em Mendoza, na Argentina. Ídolo do Godoy Cruz, clube que defendia desde 2016, o jogador teve passagem rápida e marcante pelo Athletico Paranaense, entre 2011 e 2012.

Segundo informações da polícia local, o atleta foi encontrado morto em sua casa, com um tiro no peito. Inicialmente, a principal suspeita é de suicídio.

Dr. Pedro Wild

Desde 2016 no Godoy Cruz, ele tinha testado positivo para Covid-19 em 22 de janeiro e, desde então, estava isolado até de seus familiares. Nas redes sociais, sua última postagem foi em 21 de janeiro, quando disse estar agradecido “desde o primeiro dia até o último” e com tranquilidade para poder “olhar na cara de todos”.

Maior contratação da história

Em 2011, o jogador foi comprado pelo Athletico junto ao Nacional, do Uruguai, por R$ 7 milhões. Na época, foi um recorde na história do clube. O atacante até teve um início promissor, com dois gols em partida diante do Botafogo, mas no total fez apenas 18 jogos.

No ano seguinte, com a saída do presidente que o contratou, Marcos Malucelli, e o retorno de Marcio Celso Petraglia ao comando do rubro-negro, o atacante foi devolvido ao clube uruguaio após um períogo treinando em separado ou no máximo com o time sub-23.

Depois do fracasso no futebol brasileiro, Morro García, como era conhecido, passou ainda por Kasimpasa (Turquia), retornou ao Nacional de Montevidéu e ainda teve passagem pelo River Plate, do Uruguai. Em 2016, chegou ao Godoy Cruz e se tornou o segundo maior artilheiro da história do clube, com 51 gols em 119 partidas.

Polêmicas e volta por cima

Logo após ser contratado pelo Athletico, Morro García foi suspenso por dois anos no Uruguai por ter testado positivo para cocaína – uma punição que não impediu o atleta de jogar em solo brasileiro.

Não muito tempo depois de sua chegada, porém, o atacante se viu no meio de uma guerra política entre Mario Celso Petraglia, que assumiu a presidência do clube no final de 2011, e Marcos Malucelli, que deixava o poder. Na época, o Furacão chegou a alegar que havia sido legado pelo clube uruguaio e pelo es tafe do jogador, que estariam cobrando pelo negócio valores incompatíveis com a qualidade do atacante.

Após rescindir com o rubro-negro, o jogador foi devolvido ao Nacional, mas como estava impedido de jogar foi emprestado ao Kasimpasa, da Turquia. Depois voltou ao time de Montevidéu e em 2014 se envolveu numa grande confusão no clássico entre Nacional e Peñarol. Ele e outros jogadores passaram a noite na delegacia e acabaram sendo suspensos por três meses.

Foi em 2016, no Godoy Cruz, que o atacante finalmente deu a volta por cima na carreira. Levou o time a um vice-campeonato nacional em 2019 e se consagrou artilheiro da competição, quebrando uma hegemonia de goleadores argentinos que perdurava desde 2011.

Petraglia se pronuncia e polemiza

“A mais cara contratação da história do CAP, veio com sentença de uso de cocaína e lesão irrecuperável no pé! Rescindimos com o atleta sem custo, não pagamos os 50% faltantes da compra em Euros, devolvemos os direitos econômicos e recebemos de volta U$ 1,0 milhão em caixa!”, declarou o mandatário.

O comentário não foi muito bem recebido entre os próprios athleticanos, que repudiaram o pronunciamento. “Tudo bem, mas acho que nesse momento são números irrelevantes é absolutamente incompatíveis com a situação. Uma vida que partiu por conta de uma doença que tortura e te aprisiona mesmo você estando bem fisicamente. Valores não importam, já se passaram 10 anos”, escreveu a página Irônicos da Baixada, em resposta ao tweet de Petraglia. 

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