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Janeiro Branco: depressão em tempos de pandemia de Covid-19 é tema de live da campanha

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Gramado Presentes

Como parte da campanha Janeiro Branco, que chama a atenção da sociedade para os cuidados com a saúde mental, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) preparou uma programação com lives este mês. A primeira live será dia 22, às 10h, por meio do Google Meet, com o subtema “Depressão no contexto intra e extra familiar em tempos de pandemia de Covid-19”.

A segunda transmissão online ao vivo, será às 10h, em 29 deste mês, também pelo Google Meet, abordando o subtema “Saúde Mental e Trabalho”.

Academia Meu Espaço

O Janeiro Branco é uma campanha no estilo do Outubro Rosa e do Novembro Azul. No Pará, a finalidade da Sespa é sensibilizar a sociedade sobre a importância da promoção e proteção da saúde mental, assim como informar à população sobre o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial, voltada para os cuidados de saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a coordenadora estadual de Saúde Mental, Ilda Morais, o Janeiro Branco foi idealizado em 2014 por um grupo de psicólogos do município mineiro de Uberlândia, preocupados com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontavam um aumento significativo das doenças mentais. “O mês de janeiro foi escolhido para a campanha em função da grande expectativa que as pessoas criam em relação à chegada de um novo ano”, informou.

Assim, o objetivo é estimular que as pessoas comecem a fortalecer os cuidados com a sua saúde mental, recebendo esclarecimentos e sendo conscientizadas sobre a necessidade de promover o seu bem-estar físico, social e mental, e de se prevenir das doenças mentais.

“E, considerando a pandemia de Covid-19, que afetou emocionalmente grande parte da população por conta do isolamento e distanciamento sociais, torna-se fundamental, neste ano, uma atenção maior à saúde mental da população”, comentou a coordenadora estadual, Ilda Morais.

Atendimento

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), cujas diretrizes e estratégias de atuação envolvem as três esferas de governo, é composta pela Atenção Básica de Saúde, Atenção Psicossocial, Atenção de Urgência e Emergência, Atenção Residencial de Caráter Transitório, Atenção Hospitalar e Estratégias de Reabilitação Psicossocial.

A porta de entrada do SUS é a Unidade Básica de Saúde, portanto, o usuário em sofrimento mental deve ser encaminhado para as UBs. “Mas também pode ir diretamente ao CAPS, que representa o cuidado especializado com equipe multidisciplinar capacitada para acolher toda a demanda de Saúde Mental e fazer os encaminhamentos que forem necessários, pois a “Rede” oferece diversos níveis de atenção ao usuário”, explicou Ilda Morais.

Porém, se estiver em crise, o usuário pode ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h).

Esse fluxo pode ocorrer por meio de demanda espontânea ou referenciada de outros serviços de saúde, tais como Atenção Básica, Estratégia Saúde da Família, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) etc.

Em Santarém, o Caps coordenado pelo Estado funciona na Travessa Dom Amando, bairro Santa Clara. E o Caps AD coordenado pelo Município funciona na avenida Presidente Vargas, bairro Aldeia.

Estatística

Segundo Ilda Morais, conforme dados levantados preliminarmente junto aos CAPSs, os distúrbios mentais mais frequentes são transtorno de ansiedade, depressão, bipolaridade e risco de suicídio, além de Transtorno Compulsivo Obsessivo (TOC).

Sobre internações, de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), o Pará registrou 2.967 internações por transtornos mentais e comportamentais de janeiro a dezembro de 2019 e 2.647 internações de janeiro a outubro de 2020, por isso, é fundamental a promoção da saúde mental e prevenção das doenças mentais.

Ilda Morais aponta como principais medidas preventivas o autocuidado, a interação social, o compartilhamento de momentos e sentimentos com outras pessoas de confiança, a construção e o fortalecimento dos vínculos afetivos e sociais.

“Em casos mais graves, orientamos a busca de ajuda especializada junto aos Centros de Atenção Psicossocial”, observou. Ela ressaltou, por fim, que, no âmbito do SUS, a missão da Sespa, por meio da Coordenação Estadual de Saúde Mental, é fomentar e assessorar a Política Pública de Saúde Mental junto aos municípios paraenses, conforme as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental (Lei 10.216/2001).

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